Arrependimento “político”
Fonte: Revista Zara | medium.com/revistazara | texto: Joás Inacio | 20/12/2020 – 11:00
“Daí em diante Jesus começou a pregar: Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo.” (Mateus 4.17)
Na Grécia antiga usava-se um termo para indicar todo e qualquer procedimento relativo à cidade (Pólis, ou cidade-Estado grega), “política” ou πολιτεία (politeía), com base nessa terminologia é que refletimos aqui sobre um tipo de “arrependimento político”, ou seja, a necessidade de um arrependimento nas cidades, para que todos cheguem ao conhecimento da Verdade.
Visto que grande parte da igreja se encontra num contexto local de civilização urbana, pois as “denominações” na sua maioria estão nas cidades e nos centros urbanos, a igreja deve entender esse contexto em que está inserida e traçar estratégias evangelísticas nesse contexto, pois nosso Senhor não só ordenou que a Igreja evangelizasse, como deu antes exemplo com sua própria atitude evangelística…
“Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, proclamando as boas novas de Deus. O tempo é chegado, dizia ele. O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Marcos 1.14,15).
Ele sabia da importância do evangelismo urbano e fazia isso em seu ministério, tanto que igualmente vocacionou sua igreja a essa missão quando disse:
“..E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24.47–49)
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1.8)
A Igreja desde sua “inauguração” em Atos 2 avançou pelo mundo inteiro pregando o Evangelho da salvação em Jesus, muitos pagaram com a própria vida (confira em Atos 6.8-7.60 a história do primeiro mártir) o preço para que todos viessem a ouvir essa Boa Notícia, pois foram até proibidos de falar qualquer coisa a respeito de Jesus na cidade onde a Igreja ‘nasceu’ (leia Atos 5.28,29).
O Senhor que chamou os missionários é Fiel!
Ele até converte perseguidor a pregador também (Paulo conforme lemos em Atos 8.3; 9.15,16,23).
Paulo, assim como os pregadores que dantes perseguira, parece ter focado sua estratégia missionária nas cidades mais populosas de seu tempo.
Em suas viagens missionárias o Apóstolo dos gentios pregou em Gaza (Atos 8.26–39), Jerusalém, Jope (Atos 10; 11.5–18), Samaria (Atos 8.5–25), Cesareia (Atos 10; 25–26), Damasco (Atos 9.1–27), Antioquia (na Síria) onde os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez (Atos 11.26; 14.26–28; 15.1–9,22,30,35), Tarso (Atos 9.29,30), Chipre (Atos 11.19; 13.4,5; 15.39), Pafos (Atos 13.6–11), Derbe (Atos 14.6,7, 20,21), Listra (Atos 14.6–21; 16.1–3), Icônio (Atos 13.51–14.7), Laodiceia e Colossos (Colossenses 4.16), Antioquia da Pisídia (Atos 13.14–50), Mileto (Atos 20.29–31), Patmos, Éfeso (Atos 18.24–28; 19), Trôade (Atos 16.9–12; 20.6–12), Filipos (Atos 16.11–26), Atenas (Atos 17.22–34), Corinto (Atos 18.1–18), Tessalônica (Atos 17.1–10), Bereia (Atos 17.10–13), Macedônia (Atos 16.9–40; 19.21; Romanos 15.26; 2 Coríntios 8.1–5; 11.9), Malta (Atos 26.32; 27.1, 41–44; 28.1–9), Roma (Atos 28.16–31).
Aqueles pregadores deram o sangue pelo “Ide” de Jesus, não porque se sentiam obrigados a pregar, mas porque sentiam que não podiam reter para si uma mensagem tão preciosa para a humanidade. Essa mensagem mudou a história de suas vidas, eles portanto sabiam que muitas outras vidas poderiam ser transformadas pela obediência deles em transmitir essa mensagem adiante.
O evangelho mudou sua vida?
Encontre um meio de transmiti-lo a mais pessoas ao seu redor, pois como dizia o Arcebispo George Carey “uma igreja não existe para si mesma, mas sim para o mundo”