Crise de fome fecha escolas no Sudão do Sul
Várias escolas no Sudão do Sul fecham por conta da crise de fome no país.
Em Fevereiro desse ano a ONU já alertava, que devido à guerra e ao colapso da economia, 100 mil pessoas sofriam de fome e 1 milhão estavam à beira dela no país.
A estimativa era que o total de pessoas que passavam fome chegaria a 5,5 milhões em julho deste ano se nada fosse feito para solucionar a situação.
hoje, três meses depois, a crise chegou na Educação, atingindo mais uma vez as crianças (elas pagam o preço mais alto da guerra civil, mais de 15.000 crianças teriam sido recrutadas como soldados e milhares delas já morreram em combate) e vários centros educativos fecharam no estado de Imatong, no Sudão do Sul, pela situação econômica das famílias, o que lhes obriga a fugir do país para lutar contra a fome declarada na zona.
“As escolas na cidade de Torit e outras próximas fecharam pela situação econômica, que está provocando fome, porque os estudantes têm ido com suas famílias a acampamentos da ONU no Quênia e Uganda”, declarou nesta quarta-feira à Agência Efe o governador do estado, Tulio Abelio Oromo.
Oromo disse que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) tentou oferecer “apoio alimentar” a algumas escolas no estado com o objetivo de que pudessem continuar com as atividades educativas.
Mas “a piora da situação econômica levou as famílias a se mudarem com seus filhos aos acampamentos de refugiados no estrangeiro”, apontou.
Segundo um relatório publicado pelo Governo, a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Fundo da ONU para a Infância (Unicef), 40% (aproximadamente 4,9 milhões de pessoas) da população de Sudão do Sul está em perigo de fome.
O país africano é palco de um conflito que explodiu em dezembro de 2013 entre forças leais ao presidente, Salva Kiir, da etnia dinka, e ao ex-vice-presidente Riek Machar, da tribo nuer.
Apesar de ambas as partes terem assinado um acordo de paz em agosto de 2015, o conflito foi retomado em julho de 2016, deixando milhares de mortos e milhões de deslocados.
Em três anos de guerra, a inflação já atingiu os 800%.
O Sudão do Sul é um país independente (o mais novo país do Mundo) desde 2011. “o Sudão do Sul nasceu como um dos países mais pobres do mundo, com a maior taxa de mortalidade materna, a maioria das crianças fora da escola e um índice de analfabetismo que chega em 84% entre as mulheres. Embora não haja estatísticas oficiais, a ONU estima que a população do país varie entre 7,5 e 9,5 milhões”, ou seja, “nasceu sendo um dos maiores [países] do continente [africano], superando as áreas de Quênia, Uganda e Ruanda somadas.” (Reportagem BBC)
Ore pelo país, para que Deus traga uma solução aos conflitos à perseguição que os cristãos de lá sofrem (principalmente no Sudão, vizinho que está entre os cinco países que mais perseguem cristãos), que O Senhor salve aquelas crianças e aquela nação!
Fonte: Agência EFE e BBC | Foto: ONU-Isaac Billy
Tradução e adaptação: Joás Inacio